Unidade 1: O Modernismo no Brasil
O Modernismo
O
Modernismo no Brasil tinha por pretensão: o rompimento
com o academicismo, em que os artistas poderiam representar livremente e
espontaneamente sem se preocupar com o real – rompimento com a arte do passado.
Ter a Arte falando do Brasil e não da Europa...
A
“Arte Nova” começou com: A literatura.
O Modernismo sofre influências de: industrialização e urbanização no século XX. Além disso, os outros movimentos europeus também são grande influência (Expressionismo, Fauvismo, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo e Surrealismo)
São feitas duas exposições: a de Lasar Segall (1913) e a de Anita Malfatti (1917).
Principal Crítico Conservador da Arte Real: Monteiro Lobato, que escreveu o documento “Paranoia ou Mistificação?” falando mal dos modernistas.
Principal Crítico Defensor da Renovação da Arte: Mário de Andrade, que escreveu “Pauliceia Desvairada” falando bem dos modernistas.
Os Artistas:
Oswald
de Andrade: É escritor e jornalista que chega da
Europa em 1912 com outra visão – o Futurismo defendido por Marinetti – ele
achava que o Brasil estava atrasado. Ele dizia que os artistas deveriam
expressar os valores brasileiros e não europeus. Ele passa a fazer matérias em
jornais sobre suas ideias e visões renovadoras; inclusive criou o movimento
“Pau-Brasil”, o qual defendia a criação de poemas que estudavam as origens
brasileiras e valorizavam a realidade/cultura brasileira. Suas obras críticas,
irônicas são um grande marco do Modernismo.
Lasar Segall: Veio ao Brasil e se apaixonou com a sociedade e com as paisagens brasileiras, pintava esses temas com suas emoções (obras expressionistas). Pelo fato de ele ser da Lituânia, ou seja, um estrangeiro, as pessoas não o criticavam muito.
Anita Malfatti: Seu objetivo era romper com o belo (deficientes, mulatas), ela queria a liberdade de expressão do artista, para que eles pintassem por eles e não pela população. Em 1913 ela faz uma exposição, mas é criticada pela ideia dela, por ela ser uma mulher e por ela ter feito tudo sozinha.
Mário de Andrade: Foi professor, crítico, poeta, contista, músico, romancista. Foi o idealizador da Semana de Arte Moderna. Foi ele quem fez a primeira poesia modernista (tornando-se marco nacional) – tinha como tema o crescimento industrial e demográfico. Outra obra muito importante em sua carreira foi o livro “Macunaíma”.
Movimentos Artísticos Inspiradores:
- Impressionismo: representar a luz solar sobre os objetos
- Expressionismo: cores irreais expressando as emoções
- Cubismo: A realidade em formas geométricas
- Dadaísmo: Que questiona o racionalismo, um mundo infantil
- Surrealismo: Cenas imaginárias, irreais, sem lógica
- Futurismo: Destruição do passado, o movimento no mesmo plano.
Unidade
2: A Semana de Arte Moderna:
Semana de Arte Moderna
Ocorre
em: dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal
de São Paulo
Organização: vários artistas e intelectuais participaram e organizaram o evento, foi o grito de liberdade dos artistas.
A Exposição: colocar vários tipos de Arte Moderna (música, literatura, plásticas, arquitetura, etc.), para mostrar o novo ponto de vista artístico nacional.
Objetivo: queria romper com os movimentos anteriores e mostrar o lado social brasileiro: que seria a formação, a miscigenação (branco, negro e indígena), não falar apenas do belo, a ida da população as grandes cidades.
Críticas: gerou incompreensão e insatisfação da população, que não estava acostumada com essa inovação, foi um choque. Monteiro Lobato novamente é o principal crítico. Por essas razões, o movimento não funcionou bem.
Artistas do Movimento
Di
Cavalcante: conhecido por idealizador principal da exposição,
sua temática era mostrar as mulatas. Ele trabalhava de diversas maneiras
(cartaz para exposição, caricaturas, cenografia, ilustração, gravação).
Victor Brecheret: foi o pioneiro da escultura modernista. Ele diminuía os detalhes em suas obras. Ele não estava no Brasil, por isso não participou, mas contribuiu com 12 esculturas. Sua principal obra, “Monumento à Bandeira”, fica no Parque Ibirapuera, em que foram esculpidas 21 figuras em tamanho natural, mostrando a sociedade brasileira.
Heitor Villa-Lobos: era maestro e compositor, ele foi revolucionário. Falava de natureza, folclore e indígenas. Ele participou dos três espetáculos. Suas principais canções são: “Bachianas Brasileiras”, “Trenzinho Caipira”, “Canção de Amor”, etc.
Expansão do Modernismo – Outros Movimentos
Surgiu uma revista “Modernista” para mostrar os ideais da
Nova Arte, só que eles percebem que a população estava certa, não tinha jeito
de romper totalmente com o Academicismo (ideias de perspectiva, por exemplo)
Movimento Antropofágico: criado por Oswald de Andrade, com inspiração de “Abaporu” de Tarsila do Amaral. Foi o mais original. Tinha por objetivo abrasileirar a arte europeia.
Grupo de Cinco: era o grupo formado por alguns artistas modernistas e Tarsila do Amaral, que não participou da Semana de Arte Moderna por estar fora do Brasil. Eles não queriam deixar o Modernismo morrer. Os artistas eram Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Anita Malfatti e Menotti Del Picchia.
Tarsila do Amaral: Teve sua obra dividida em três fases:
- Pau-Brasil: inspirada em cidades históricas mineiras, ela usa o Rosa e o Azul (cores caipiras).
- Fase Antropofágica: por causa da obra “Abaporu”, cores fortes e temas nativistas e primitivistas.
- Fase Social: tema era sociedade e industrialização, o cunho político.
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