Unidade 2: A Descolonização da Ásia e da África
Após a 2º Guerra, alguns países queriam sua independência (e
esse era o momento certo, pois suas metrópoles estavam em crise – Europa).
Essas independências ocorreram de duas formas:
- Pacífica: sem conflitos, com acordo – esse tipo de independência ocorreu devido à falta de condições das metrópoles de manterem suas colônias, seria mais fácil abrir mão.
- Violenta: com conflitos, forçando a metrópole a reconhecer a independência.
Apoio da URSS e dos EUA à independência
afro-asiática: A África não tinha condições de manter
o país e pedem apoio as potências. Só que esses países estavam ocupados demais
com a questão da Guerra Fria e de apoiar países que teriam algo para dar em
troca (é o caso dos países que implantariam seus ideais e teriam dependência
econômica). Para não gerar insatisfações, eles deram apoio político à África,
só que eles não queriam apoio político e sim econômico. O que fez com que os
africanos e asiáticos se unissem contra esse apoio.
A Conferência de Bandung (Indonésia) em
1955: contou com a participação de 29 países, que ajudariam as
colônias africanas e asiáticas a conquistarem suas independências.
É importante saber que os países africanos acabaram que
tornando-se socialistas e ditadores, pois não tinham condições – claro que isso
atrapalhou seu desenvolvimento, por isso é o que é hoje.
A
Independência da Índia: A Índia era uma colônia inglesa,
que desde 1859 teve interesse pela Índia por causa do algodão.
A partir de 1920 iniciam-se movimentos para promover a
independência, então é aí que surge a imagem do advogado conhecido por Mahatma
Ghandi (Grande Alma). Ghandi vai para a África do Sul e lá percebe que os ricos
sempre dominavam os pobres (metrópole - colônia), deixando-o reflexivo. Com
isso ele volta para a Índia para apoiar a independência, para combater a
exclusão (rico/pobre) e a violência.
Ele se torna um líder e promove a Não-Violência e a
Desobediência Civil as quais tinham
como regra:
- Não lutar nunca, mesmo se apanhar, nunca reagir.
- Não pagar mais impostos
- Parar de comprar produtos ingleses (tecidos), fazendo com que cada um produzisse seus próprios produtos.
- Parar de mandar sal produzido na Índia para a Inglaterra.
Em 1942 é promovida a Marcha do Sal:
em que Ghandi e a população andaram 400 km para produzir sal. Nesse dia, o
exército inglês estava pronto para prendê-los ou prender Ghandi por ser o
líder, mas ele não reagiu e com isso não é morto.
Então vem a 2ª Guerra Mundial e a Inglaterra se preocupa com
a guerra e esquece a Índia. Em julho de 1947 a Inglaterra concede a
independência à Índia por estar fraca e não poder cuidar dos boicotes indianos.
Desde então a Índia é dividida por questões religiosas:
- Índia: hinduísmo
- Paquistão: islamismo
- Ceilão: budismo
Independência
da China: A China foi explorada até após sua
independência em 1911, pois ela era dominada por ingleses e japoneses. Então se
torna uma república abrindo caminhos para divergências ideológicas.
República de Sun Yat-Sem: ele
assume o governo em 1911. A China tinha sérios problemas econômicos, em 1921
Sun Yat-Sem sai do governo sem resolver as situações do país. O que gera a
criação de partidos:
- Partido Nacionalista (ou Kuomitang) de Chiang Kai-Shek: tinha o mesmo princípio autoritário, nacionalista do nazismo e fascismo.
- Partido Comunista Chinês de Mao Tsé-Tung: tinha o princípio de resolver a economia promovendo uma industrialização.
OBS: Após a perseguição dos comunistas, Kai-Shek mata os
filhos e a esposa de Mao Tsé, iniciando a rivalidade entre partidos.
A Longa Marcha em 1934-1935:
Assim gera uma perseguição maior aos comunistas (inicia até uma guerra civil!).
A Longa Marcha realizada no Norte da China teve a função de influenciar a
população ao comunismo e para que Mao Tsé fugisse dos nacionalistas.
Vem a 2ª Guerra e China conta com o apoio da URSS contra os
nacionalistas, fortalecendo e espalhando as ideias de Mao Tsé. Em 1949 com o
apoio da população, ele derruba o Partido Nacionalista e toma o poder. Kai-Shek
foge para Taiwan e conta com apoio dos EUA.
No poder, Mao Tsé faz:
- Reforma Agrária: ele confisca terras e as reparte com as pessoas que iriam produzir; claro que isso gera grande insatisfação nos antigos proprietários.
- Empresas Estatais: ele confisca as empresas, gerando mais insatisfação.
- Campos de Trabalho Forçado: tinham o mesmo objetivo dos campos de campos do Stalin, os opositores eram presos e obrigados a trabalhar.
- Economia Planificada e Planos Quinquenais (do modelo russo)
Em 1958 a China não estava industrializada e não tinha
condições, tendo que recorrer a URSS. Só que com a Corrida Armamentista (Guerra
Fria) a China não pôde contar com esse apoio, fazendo todo o seu plano ir por
água abaixo.
OBS: Nos campos de trabalho forçado eles tinham pequenas
fábricas de manufatura que produziam tratores, ajudando o trabalho rural.
Revolução Cultural 1966/1976: A
China possuía uma cultura milenar, e desde então seria modificada. A revolução
priorizava a saúde e a educação. Os adultos estudavam para incentivarem seus filhos
para o futuro. Muitos universitários iam para a Europa estudar, para acabar com
isso, Mao Tsé promove:
- Mudanças no Campo: professores e universitários eram obrigados a trabalhar nos campos
- Fechamento de Universidades: para divulgação da Bíblia Maoísta.
- Leitura do Livro Vermelho (Bíblia Maoísta): o livro possuía os novos ideais socialistas – criados por Mao Tsé – em que todos eram obrigados a ler. Eram espalhadas propagandas ns cidade. As literaturas burguesas (capitalistas) eram proibidas e foram queimadas. Com o tempo muitos fugiram, foram presos e obrigados a ir para os campos.
Fim do Governo de
Mao Tsé em 1976: Ele morre e entra um novo presidente, Deng Chioping
critica o governo de Mao Tsé – o autoritarismo – além disso, a população estava
com muito ódio dele. Como as Universidades estavam paradas, Deng abre 2 cursos:
Engenharia e Medicina (para ter mão de obra). Ele manda queimar o Livro
Vermelho e fecha os Campos de Trabalho Forçado.
Oriente
Médio: A maioria já tinha sua independência.
Voltando um pouco a história para entender melhor essa questão, no século VII
os romanos haviam expulsado os judeus da Palestina (que hoje vivem os árabes –
mulçumanos). Jerusalém era a Terra Santa, por isso então é criado o estado de
Israel dentro da Palestina pela ONU em 1948 para os judeus ficarem lá.
Então há suas posições:
- Judeus habitavam aquela terra na Antiguidade pelos seus ancestrais, Jerusalém e toda a Palestina tinham que ser deles.
- Árabes mulçumanos já estavam naquela região quando os judeus chegaram, tiveram que se mudar para os judeus entrarem. Jerusalém também era a Terra Santa deles.
- 1948 - Guerra Árabe Israelense: nela, Israel conta com o apoio dos EUA (com o objetivo de evitar a guerra). Israel vence.
- 1967 – Guerra dos Seis Dias: a guerra tem esse nome por ter durado 6 dias, nela Israel vence de novo e toma alguns territórios, deixando os árabes com mais raiva ainda – eles migram para outros países.
- 1973 – Guerra Yon Kippur (“Dia do Perdão”): nesse dia, os judeus rezavam o dia inteiro, então os árabes aproveitaram para atacar Jerusalém, só que os judeus estavam preparados (como sempre!) e contra-atacaram, vencendo a guerra. Em 1993 os conflitos tornaram-se mais fortes.
Descolonização
da África – Argélia: A
Argélia teve a descolonização mais difícil e sangrenta. Era colônia da França,
a qual não queria perder o petróleo.
Questão da Argélia 1954/1962:
Só faltava a Argélia das colônias francesas para ser independente. Em 1954
exército de Ben Bella (líder argeliano) faz ataque armado contra exército
francês – essa luta dura 8 anos. A Argélia tinha mais pessoas e a França armas
mais fortes.
Em 1962, com a Guerra do Vietnã, França não tinha condições,
Argélia coloca Bem Bella de novo no poder e em 1963 conseguem tirar o exército
francês. 40% da população foi morta, levando muito tempo para reerguer o país
por falta de pessoas para trabalhar.
A
África do Sul e a Questão Separatista – Apartheid: A
maioria negra e pobre era explorada pela minoria branca (holandeses e
ingleses). Começa então o racismo, como nessa época era proibida a escravidão,
os brancos separaram os negros deles.
Leis Restritivas de 1948: restringia
os negros de andar nas “Cidades dos Brancos”, não tinham direitos de ir nem a
locais públicos.
Johanesburgo tinha os brancos mais poderosos. Então surge a
figura de Nelson Mandela, o qual queria acabar com essas Leis Separatistas e
com o Apartheid. Em 1964 Mandela foi preso. Só em 1988 o governo branco concede
os passos livres. Em 1990 os líderes foram libertados, Mandela em 1992 ainda
estava contra o Apartheid e cria o Partido Negro, sendo eleito 1º presidente
negro da África em 1994. Ele, em vez de se vingar, perdoou todos os brancos com
os ideais de não-violência para mostrar que ele não era inimigo, acabando com o
Apartheid.
Nenhum comentário:
Postar um comentário