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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Resumo para a Prova de História

Unidade 1 – A Revolução de 1930:
Para começar, esse período, de 1889 (Proclamação da República) até 1930 foi chamado por três nomes:
·        1ª República
·        República Velha
·        República das Oligarquias
Para entender melhor, Oligarquia era o tipo de política do Brasil naquela época, em que os ricos – os poucos – governavam pela troca de favores entre os coronéis. Exemplo: O candidato só terá o voto de um coronel e de seus empregados se ele der alguma coisa em troca do voto.
Características das Oligarquias:
·        Apenas os filhos estudados dos barões que podiam compor a política
·        O voto era aberto (dava a liberdade de ocorrer as fraudes)
·        Apenas homens com idade acima de 21 anos podiam votar
·        Os eleitores tinham que saber ler e escrever para votar
Bom, o nome “Revolução” provém de Mudanças. E a primeira mudança nesse período foi o início da industrialização no Brasil, pois o Brasil passa a ter necessidade de se industrializar, pois após a 1ª Guerra Mundial, a Europa não estava em condições de comprar nada, estava na miséria. E o Brasil estava perdendo muito dinheiro com isso.
Então, no ano de 1922 surge no Brasil uma série de Manifestações, foram elas (na ordem cronológica):
1º:   Semana de Arte Moderna – com a ideia de “acertar os passos” com a Europa
2º:   Criação do Partido Comunista
3º:   Reação Republicana – Como São Paulo e Minas Gerais governavam o Brasil (“Café com Leite”, em que candidatos de SP e MG revezavam o mandato para presidente), os outros estados importantes do Brasil (Pernambuco, Rio Grande do Sul, Bahia e Rio de Janeiro) ficavam insatisfeitos. Principalmente porque Epitáfio Pessoa (presidente da época) colocou um fazendeiro como Ministro da Guerra. E como era feita a troca de favores, esse fazendeiro dava patentes a seus conhecidos (Ex: Soldado vira Capitão), deixando a Marinha e o Exército contra o Ministro da Guerra.
4º:   O Tenentismo – Era a ação dos tenentes contra o presidente. O seu primeiro e marcante movimento de revolta foi o 18 do Forte de Copacabana, em que de 18 pessoas (17 tenentes e 1 engenheiro), apenas 3 sobreviveram. Os tenentes eram contra o Voto Aberto, e eles queriam promover reformas ao Brasil: abrir concursos públicos e acabar com a manipulação dos coronéis no Judiciário (coronel mandando em juiz, delegado, etc.)
Em 5 de julho de 1924, militares de SP e RJ marcham em 13 estados por aproximadamente 25 mil quilômetros, formando duas colunas: Coluna Miguel Costa (SP) e Coluna Luís Carlos Prestes (RJ). O objetivo dessa marcha era de acabar com as Oligarquias, recuperando os ideais do Tenentismo.
Luís Carlos Prestes entra para o Partido Comunista, rompe com os tenentes e é perseguido, nisso ele foge para a Bolívia.
Já em 1930, o Brasil produzia muito café, mas acaba tendo que estocar esse café, pois não tinha nenhum país recuperado da crise de 1929 (só havia um ano de crise, obviamente, nenhum país tinha conseguido se recuperar, nem mesmo os EUA). Assim, sem ter mais alternativas, os grandes produtores de café acabam tendo que queimar os pés de café e os grãos velhos e mofados no mar.
Ia ter eleição nesse ano e o presidente Washington Luís (que era um cafeicultor) não tinha como ajudar os produtores de café com o problema da crise, fazendo com que eles fiquem insatisfeitos e em oposição.
As Eleições de 30: Nesse ano, era Minas Gerais que teria um representante para a eleição (“Café com Leite”). E o principal problema do Brasil era a crise de 29. Seria impossível resolver esse problema. Assim, os dois estados do “Café com Leite” (SP e MG) tinham a mesma ideia: colocar um candidato forte para acabar com a crise no Brasil. Os candidatos eram:
·        São Paulo: Júlio Prestes
·        Minas Gerais: Antônio Carlos de Andrada
Antônio Caros percebe que se ganhasse a eleição, ele não iria favorecer a produção de café paulista (ele iria favorecer os interesses de MG, é claro!) e com isso, os cafeicultores paulistas iriam ficar insatisfeitos com ele.
Antônio Carlos resolve formar uma junção entre Rio Grande do Sul, Paraíba e Minas Gerais, além dos cafeicultores que estavam contra SP – a chamada Aliança Liberal – essa junção trouxe a imagem de Getúlio Vargas (RS).
Getúlio Vargas era um forte candidato e tinha duas ideias:
·        Acabar com o Voto Aberto
·        Instituir Leis Trabalhistas
Mas só que mesmo com todos esses aliados, Júlio Prestes vence as eleições por causa da grande quantidade de coronéis em SP, além das fraudes do Voto Aberto das Oligarquias. Inconformado, Getúlio Vargas vai até a Bolívia para ter o apoio de Luís Carlos Prestes, além disso, uniu forças com tenentes para impedir que Júlio Prestes entrasse no Governo. Além disso, a Aliança Liberal aproveita que João Pessoa (que seria o vice-presidente) morre assassinado e coloca a culpa em SP.
Dia 03 de Maio de 1930, Getúlio Vargas juntamente com seus aliados tomam o Governo (dão um Golpe) e Vargas entra no poder, acabando com a política “Café com Leite” e acabando com as Oligarquias.
Unidade 2 – A Era Vargas:
Essa unidade vai nos trazer tudo o que Getúlio Vargas fez ao entrar no poder. Para começar, ele estava em um Governo Provisório, o qual durou quatro anos. E sua 1ª iniciativa foi:
·        Constituir o Ministério com as pessoas que o apoiaram
E sua 2ª iniciativa foi modificar a Lei Orgânica de duas formas:
·        Estrutura Política: Criou novos partidos independentes de seu estado de origem (não existe mais Partido de São Paulo, Partido de Pernambuco, etc.)
·        Intervencionismo: Getúlio Vargas precisava acabar de vez com as Oligarquias, então retirou todos os governantes de seus cargos, pois eles faziam os favores dos coronéis (os governantes elegidos pelo povo antes de Getúlio Vargas) e colocou pessoas de sua confiança nesses cargos (os interventores).
De alguma forma, Getúlio era contra SP, deixando-os menos privilegiado. Em maio, insatisfeitos, os paulistas fazem uma passeata para exigir privilégios e acabar com as insatisfações. E nesse movimente, quatro estudantes são mortos.
A Revolução Constitucionalista: No dia 09 de julho de 1932, os paulistas fazem outro movimento, só que este armado e com uma bandeira com a sigla MMDC (essa sigla é a das iniciais dos nomes dos quatro estudantes mortos em maio). Porém, São Paulo não tinha armas (não eram militares) e compra. Na época, os produtos comprados eram trazidos de trem, e era assim que as armas estavam chegando a São Paulo. Getúlio Vargas descobre e manda parar a estrada de ferro que ia para SP para que os paulistas não recebam as armas, alimentos, etc.
Ainda insatisfeitos, os paulistas tinham três reivindicações:
·        Queriam acabar com as intervenções (pois Getúlio colocou uma pessoa que não era de paulista para governar São Paulo).
·        Queriam promover uma Assembleia para construir uma Constituição
·        Promover eleições logo
Só em 1933 Vargas organiza uma Assembleia para a Nova Constituição, a qual ele não podia intervir nem participar, mas mesmo assim ele faz exigências:
·        Ele queria que houvesse Voto Secreto
·        Queria criar Leis Trabalhistas (carteira de trabalho, definição de jornada de trabalho, etc.)
·        E queria que houvesse o Voto Feminino e Analfabeto.
Detalhe, só em maio de 1934 a Constituição foi aprovada e a eleição foi indireta.
Os Feitos de Getúlio Vargas: Muitas das ações feitas por Vargas permanecem até hoje (claro que de maneira melhorada). E primeiramente ele promove Mudanças Econômicas (usando as mesmas estratégias do nazismo e fascismo):
·        Vargas não queria depender do mercado externo. E para acabar com o incentivo dos coronéis com o Brasil Agrário, ele promove uma industrialização.
·        E também incentiva o fim da produção de café (crise).
·        Assim, os fazendeiros que aceitaram ser sócios dessa ideia venderam parte de suas terras (eram grandes latifúndios) para criar indústrias ali.
·        Industrialização de bens de consumo (não duráveis)
·        Para ter mais dinheiro, Vargas pede ajuda aos EUA e cria as primeiras indústrias siderúrgicas (Vale do Rio Doce) para ter produtos duráveis (metalurgia e siderurgia)
·        Getúlio passa a substituir importações, incentivando o consumo de produtos nacionais (cacau, açúcar, álcool)
·        Passou a exportar produtos que os outros países não tinham
·        A exploração de petróleo: eles descobrem a fonte em Bahia, mas não sabiam como explorar esse petróleo e para não perder essa técnica para os outros países, eles tinham que descobrir logo.
·        Criação do Conselho de Petróleo: Controle da Importação
·        Criação das Leis Trabalhistas: como crescia as indústrias, o número de trabalhadores também crescia. Com essas leis, surgem inúmeros benefícios aos empregados (salário pelos 30 dias, independente dos feriados, sábados e domingos. Proibiu a diferença de salário do mesmo trabalho entre homens e mulheres. Regulamentou o trabalho das mulheres e dos menores. Trouxe as férias e o descanso semanal, etc.)
·        Com as Leis Trabalhistas, os empresários ficam insatisfeitos em pagar mais aos seus operários, e para satisfazê-los, Getúlio usa a ideia de Mussolini: o Cooperativismo. Em que as indústrias tinham que pagar juros baixos ao Presidente e não ao Sindicato. Porém, para que Getúlio fizesse isso, ele teve que aumentar o valor dos impostos.
·        Incentivou as Obras Públicas (como se fosse o New Deal, lembra?), como a construção de rodovias para que os produtos cheguem mais rápido e levar esses produtos para regiões que não recebiam (Centro-Oeste, Sul e Nordeste)
·        Estabeleceu o ensino primário gratuito e obrigatório
·        Criou a primeira Universidade Pública: USP
As Radicalizações Políticas: A partir de 1935, surgiram duas organizações:
·        Ação Integralista Brasileira (AIB) – era uma organização criada por Plínio Salgado, era de direita, ou seja, era a favor e apoiada pelo Governo. Tinham princípios fascistas, ou seja, eram nacionalistas, militaristas e anticomunistas. Criaram uma saudação e uma bandeira (com o símbolo matemático que significa “somatória”). Eram contra a Constituição.
·        Aliança Nacionalista Libertadora (ALB) – era uma organização liderada por Luís Carlos Prestes (Lembra dele? Não se esqueça que ele virou comunista), em que os ex-tenentes não concordavam com Getúlio. Era uma organização comunista e de esquerda, ou seja, contra o Governo.
Em novembro de 1935 há uma Intentona (ataque imprevisto) Comunista. Luís Carlos Prestes inicia um movimento em Natal (nordeste) para tomar o poder. Mas foi um fracasso, os comunistas da ANL foram caçados e presos.  Luís Carlos Prestes se esconde e só em março de 1936 ele é encontrado. E acaba sendo preso com outro comunista. Deixando o Governo com medo dos comunistas.
Então Getúlio cria o chamado Estado de Sítio, em que ele podia mandar em todos os poderes juntos (Judiciário, Legislativo e Parlamentar). Isso era apenas um “ensaio” para a Ditadura.
Vargas dá um golpe em si mesmo para que não saia do poder (imitando Hitler e Mussolini). Então é organizado um processo eleitoral com três pessoas para serem presidentes. Entre essas três, estava Getúlio Vargas e Plínio Salgado (o líder da AIB). Getúlio queria continuar no poder, mas precisava de uma estratégia, pois ele sempre apoiou a AIB, ficaria estranho ele não ajudar Plínio Salgado.
Em 30 de setembro de 1937 Getúlio Vargas pede ajuda a um militar para criar um plano, um falso plano comunista, chamado Plano Cohen. Esse plano justificaria a implantação de uma ditadura para que ele pudesse continuar no governo.
Em 10 de novembro de 1937, Getúlio Vargas anuncia na rádio seu falso plano comunista, gerando medo na população. Então é aí que surge o Estado Novo, pois inicia a Ditadura, que vai até o ano de 1945.





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